sábado, 20 de setembro de 2014

Princípios sobre a Salmonelose

Vamos falar no post de hoje sobre a Salmonelose 
A Salmonelose é uma toxinfecção alimentar que genericamente se enquadra no grupo de doenças ocasionadas pela Salmonella


Sintomatologia
A pessoa infectada geralmente tem febre, cólicas abdominais e diarreia.

Período de duração das manifestações Clínicas
A doença usualmente dura de 4 a 7 dias, e a maioria das pessoas se recupera sem tratamento com antibiótico. Entretanto, a diarreia pode ser severa, e o paciente necessitar ser hospitalizado. Em pacientes idosos, crianças, gestantes e pessoas com sistema imune comprometido a doença pode ser mais grave. Nesses pacientes a infecção pode se disseminar através da corrente sanguínea para outros sítios e pode causar a morte, se a pessoa não for prontamente tratada com antibiótico.

Características da Salmonella
Salmonella enterica, subespécie enterica, sorotipo Enteritidis (S. enteritidis) é um bacilo Gram negativo, móvel classificado no gênero Salmonella, pertencente à família Enterobacteriaceae. Existem atualmente 2324 sorotipos de Salmonella dos quais 1367 pertencem à subespécie entérica. Em relação aos caracteres antigênicos, possui antígeno Somático (O) e antígeno Flagelar (H), que são de grande importância para sua identificação sorológica. É frequentemente encontrada no trato intestinal de animais domésticos e selvagens, sendo muito comum em aves.
No Brasil, significativo aumento de S. enteritidis foi detectado a partir de 1993, tornando-se desde 1994, o sorotipo de Salmonella mais frequentemente isolado de casos de infecções humanas e também de materiais de origem não humana, principalmente de alimentos destinados ao consumo humano. Os sintomas iniciais da doença surgem 12 a 36 horas após a ingestão de alimento contaminado. Entretanto, as primeiras manifestações podem ser relativas às complicações crônicas da doença, como por exemplo, o surgimento de artrite duas semanas após a ingestão de leite contaminado.
Transmissão


É transmitida por alimentos contaminados e ingeridos crus ou mal cozidos. Estes alimentos são frequentemente de origem animal, sendo carne de frangos e principalmente ovos, os mais contaminados por S. enteritidis. O ovo de galinha esteve implicado na maioria dos surtos ocorridos nos EUA nas últimas décadas.
O mecanismo de transmissão através do consumo de ovos intactos, que, portanto só poderiam ter sido infectados antes da postura, só recentemente tornou-se mais claro, permitindo melhor compreensão do problema. A matéria fecal eliminada pelas aves, contendo a bactéria, pode contaminar os ovos externamente. Porém, também foi constatado que a S. enteritidis infecta os ovários de galinhas com aparência saudável, contaminando os ovos antes das cascas serem formadas (transmissão transovariana). Quando os ovos são ingeridos, insuficientemente cozidos ou crus (ex. maionese caseira) podem transmitir a infecção, ocasionando casos isolados ou surtos epidêmicos.

Diagnóstico Laboratorial
O exame laboratorial é fundamental para o diagnóstico. É feito a partir do isolamento e identificação do agente etiológico em material clínico do paciente ( coprocultura, hemocultura) e dos alimentos suspeitos de terem veiculado a infecção.

Complicações ocasionadas pela Salmonelose
Em crianças menores de um ano e especialmente recém-nascidos, idosos ou portadores de certas patologias a doença pode evoluir de forma diferente e ser bastante grave, dependendo dos órgãos atingidos. As principais complicações são artrite, cistite, meningite, endocardite, pericardite e pneumonia. Gestantes também merecem atenção especial por causa do risco para o feto.




Fonte: www.parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/.../salmonelose/

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Apresentando: Hans Christian Joachim Gram

Vocês sabem quem é Hans Christian Joachim Gram?

Ele foi o cara para a Microscopia Ótica...

Ele nasceu em 1853 na Dinamarca, ou seja para ele era uma cara à frente do seu tempo, por volta de 1884, Hans Gram observou que as bactérias, após serem tratadas e analisadas com diferentes corantes, adquiriam cores diferenciadas.  Assim, as que ficavam roxas foram classificadas de Gram-positivas, e as que ficavam vermelhas, foram chamadas de Gram-negativas. A técnica de Gram  é crucial para a taxonomia e identificação das bactérias, sendo muito utilizada atualmente, como técnica de rotina em laboratórios.

A Parede Celular das Bactérias e a Técnica de Gram

As bactérias são classificadas em Gram Positivas e Gram Negativas, mas por qual motivo elas são classificadas desse modo?
Simples, por conta da Parede Celular Bacteriana... Pra ficar mais fácil de assimilar vamos ilustrar.



Características da Parede Celular Bacteriana

Gram Negativa 
A parede da célula Gram-negativa é constituída por estruturas de múltiplas camadas bastante complexas, que não retêm o corante quando submetidas a solventes nos quais o corante é solúvel, sendo descoloradas e, quando acrescentado outro corante, adquirem a nova coloração. Nas bactérias Gram-negativas, a perede celular está composta por uma camada de peptidioglicano e três outros componentes que a envolvem externamente; lipoproteína, membrana externa e lipopolissacarídeo.

Gram Positivas
Já a parede da célula Gram-positiva consiste de única camada que retém o corante aplicado, não adquirindo a coloração do segundo corante. Como componente da parede celular das células Gram-positivas está o peptidioglicano, ligado de modo covalente ao ácido lipoteicoico. Este é composto por polímeros de fosfoglicerol com glicolipídeo no final, sendo potente modificador da resposta biológica.

Bactérias gram-positivas e gram-negativas. Fotos: Y_tambe / Wikimedia Commons ([1][2]) [CC-BY-SA 3.0]


Técnica Coloração de Gram




A coloração de Gram é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853 - 1838), em 1884, e que consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. Essa técnica permite a separação de amostras bacterianas em Gram-positivas e Gram-negativas e a determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas.
O método da coloração de Gram é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias Gram-positivas de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento com etanol-acetona enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-negativas não o fazem.
A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados em laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias. A técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis. É possível a análise de vários esfregaços por lâmina, o que facilita a comparação de espécimes clínicos. As lâminas podem ser montadas de forma permanente e preservadas como documentação.
           Quando examinadas ao microscópio ótico, usando objetiva de imersão, as bactérias gram-negativas aparecem coradas de vermelho e as gram-positivas de roxo (violeta azulado).

Soluções em ordem de aplicação
Gram positivas
Gram negativas
1- Cristal violeta - CV
Células coradas em violeta
Células coradas em violeta
 2- Solução de iodo (lugol) - I
Formação do complexo CV-I no interior das células, que permanecem violetas
Formação do complexo CV-I no interior das células, que permanecem violetas
3- Álcool
Desidratação das paredes celulares, diminuição da porosidade e da permeabilidade: o complexo CV-I não pode sair das células que permanecem violetas.
Extração dos lipídios da parede celular, aumentando a porosidade: O complexo CV-I é removido das células
4- Safranina
As células não são afetadas, permanecendo violetas.
As células tomam o corante, tornando-se vermelhas.

 Fonte: http://www.icb.ufmg.br/mic/index.php?secao=material&material=19


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O que tem haver mitologia grega e a Patologia? Tudo!!!

Bom amigos, o nosso post de hoje quero compartilhar algo muito interessante que aprendi nesses dias, pois apesar de Ciências da Saúde e Ciências Humanas serem bem distintas uma da outra, depois de ler essa publicação você vai ter um novo conceito dessas duas ciências.

Bom vamos inicialmente falar sobre o Mito de Prometheus...

Prometeu

Há várias versões sobre o mito de Prometheus, herói da mitologia grega. Seu nome, em grego, significa ‘premeditação’. E é realmente o que este titã, um dos deuses que enfrentam o Olimpo e suas divindades, mais em sua trajetória, a arte de tramar antecipadamente seus planos ardilosos, com a intenção de enganar os deuses olímpicos. Este deus foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça humana, e a ela também se atribui o furto do fogo divino, como qual presenteou a humanidade.

Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do Homem, sua criação – de acordo com algumas histórias, ele o teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana.
Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.
O titã matou um boi e o fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma detinha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o pedaço menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima para os deuses olímpicos, mas Zeus não aceitou, pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o filho de Jápeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta de que havia sido ludibriado, Zeus se enfurece e subtrai da raça humana o domínio do fogo.
É quando Prometeu, mais uma vez desejando favorecer a Humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de Prometeu como uma forma de obter para a raça humana um elemento que lhe garantiria a necessária supremacia sobre os demais seres vivos.
Zeus havia determinado que só a troca de Prometeu por outro ser eterno poderia lhe restituir a liberdade. Como Quíron havia sido atingido por uma flecha, e seu ferimento não tinha cura, ele estava condenado a sofrer eternamente dores lancinantes. Assim, substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se tornar mortal e perecer serenamente. Este belo mito foi transformado em célebre tragédia pelo poeta grego Èsquilo, no século V a.C, intitulada Prometeu Acorrentado.O fato é que Zeus decidiu punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto que o prendesse em correntes junto ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou até que o herói Hércules o libertou, substituindo-o no cativeiro pelo centauro Quíron, igualmente imortal.

Aí você lê e se pergunta o que tem haver com a CIÊNCIA??? Simples...

As Células Hepáticas (células do Fígado) são Células Lábeis e afinal o que são Células Lábeis?

As células do corpo podem ser divididas em 3 categorias de acordo com a capacidade de 
regeneração: lábeis, estáveis e permanentes. As lábeis são aquelas que continuam a se multiplicar 
durante a vida toda (células epiteliais, hematopoiéticas e linfóides). As estáveis normalmente não se 
dividem, contudo têm a capacidade de proliferar quando estimuladas (são as células das glândulas 
como: fígado, pâncreas, salivares, endócrinas e as células derivadas do mesênquima como 
fibroblastos, osteoblastos). As permanentes são aquelas que perderam totalmente a capacidade de se 
dividir, como as células do sistema nervoso central e músculo. Uma reconstrução original da área 
lesada só poderá ocorrer se as células afetadas forem do tipo lábil ou estável porque se for do tipo 
permanente, ocorrerá a substituição por tecido conjuntivo. 
O processo de reparo pode ser dividido em duas grandes classes, que são a  REGENERAÇÃO e a CICATRIZAÇÃO. (Que irei explicar nas próximas postagens...)

Fases da Cicatrização por segunda intenção (quando se há o uso de objetos cortantes para induzir a ferida)



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Naegleria: A Ameba Fatal

Bom na postagem de hoje irei falar um pouco sobre uma Ameba nada inofensiva, se trata da Naegleria fowleri.


Naegleria

A poderosa ameba, que faz parte de uma classe de amebas de vida livre, seu habitat é em locais digamos "assustadores" para nós, uma vez que, regularmente, frequentamos águas mornas recreacionais. Isso mesmo, piscinas não cloradas ou pouco cloradas, águas de rios, lagos, represas e, até mesmo, caixas d´água e principalmente água contaminada com a presença de fezes de Pombos são o habitat ideal da Naegleria, essa ameba entra no organismo através da mucosa nasal (só basta dar uma respiradinha em ambientes contaminados, viu!), indo finalmente até o Sistema Nervoso Central  causando um processo patológico chamado de Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP) e se não for dado o diagnóstico precoce pode matar o hospedeiro (Taxa de letalidade em 99% dos casos).




















Período de Incubação da N. fowleri
Essa doença leva de 10 a 12 dias para matar uma pessoa. A infecção que causa no organismo é tão grave que na maioria das vezes não há tempo, sequer, para fazer um diagnóstico. Não, não estamos falando de uma doença nova, mas sim da Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), causada por um ser unicelular (com uma só célula) que já existe a 1,2 bilhão de anos.
A sua forma infectante é somente o Trofozoíto.

Ciclo Biológico da N. Fowleri


Naegleria-1

Bom, como a maioria dos parasitos, a Naegleria fowleri apresenta-se de duas formas o cisto e o trofozoíto, o cisto como possui uma espécie de "capa" de quitina confere a Ameba uma resistência na sua morfologia primária no meio ambiente (como por exemplo na água), e essas amebas com a inalação e fixação nas mucosas nasais acabam migrando para o cérebro e entram em contato com o Líquido Cefaloraquidiano, esse contato faz com que a ameba ative a atividade nuclear mudando para a forma trofozoítica (que é contaminante) afetando o Sistema Nervoso Central, em específico as áreas motoras.

Sintomatologia
Os pacientes inicialmente podem perceber alterações no cheiro ou sabor, Febre, dor de cabeça (cefaleia), perda de apetite, náuseas podendo rapidamente evoluir para os sintomas mais graves. O paciente se torna confuso ou semiconsciente e, finalmente, em coma. Exame físico febre e um torcicolo semelhante aos dos pacientes com meningite.

Diagnóstico

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)



Punção Lombar

A punção lombar será feito para examinar o fluido espinhal. A coloração de Gram tradicional não é usado para detectar Naegleria, porque o calor utilizado no processo de fixação destrói o organismo. Apesar de não ser específico para Naegleria, o fluido espinal, muitas vezes tem uma elevação ligeira dos níveis de proteínas e uma ligeira diminuição da glicose, juntamente com uma contagem de células de alta branco, e é muitas vezes sanguinolenta nas fases posteriores da doença.
Porque o diagnóstico rápido é crítico, exame do líquido espinal é imperativo. O organismo também pode ser cultivado no laboratório usando uma placa em que é revestida com bactérias para a ameba comer. A cultura leva alguns dias. Mais recentes testes estão se tornando disponíveis que o uso de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) tecnologia usada para detectar DNA amebiano no fluido espinhal.

Tratamento
Porque meningoencefalite Naegleria é raro, não existem estudos comparando um regime de tratamento para outro. O tratamento de escolha é a Anfotericina B, que é uma medicação intravenosa (IV) geralmente usada para as infecções fúngicas. Além do tratamento intravenoso, Anfotericina B pode ser instilada diretamente no cérebro.
Outros medicamentos como a Rifampicina, Voriconazol ou Miltefosina tem atividade contra Naegleria fowleri, podendo, por vezes, ser usados ​​em combinação com Anfotericina B. Contudo, não há dados científicos disponíveis para determinar a eficácia clínica destes medicamentos e não recomendação oficial para a sua utilização.
IMPORTANTE!!! Não faça automedicação! Procure um médico ou farmacêutico.

Profilaxia
A infecção com Naegleria fowleri pode ser evitada, evitando a aspiração de água fresca para dentro do nariz. Embora tenha havido investigações de forma a reduzir o risco de doença, não é possível eliminar a ameba de todas as fontes de água doce. Cloração de piscinas padrão é suficiente para eliminar o organismo. Água de poço sem tratamento não deve ser forçada no nariz ou usada para irrigar o nariz.

domingo, 14 de setembro de 2014

Um Pouco sobre Micoses

É, não tá fácil pra ninguém principalmente nesse verão onde as pessoas gostam muito de mostrar o corpo, mas não é muito interessante quando se está com micoses. Bom as Micoses são infecções cutâneas (de pele) ocasionadas por fungos, mas você deve está se perguntando FUNGOS NA PELE? MAS EU JÁ TENHO DEFESAS NA MINHA PELE? Sim, tem as defesas da microbiota da pele, mas quando há o excesso ou a proliferação desses fungos podem sim causar doenças. Os fungos gostam de se alimentar da queratina presente em nossa pele, unhas e cabelos. Quando encontram condições favoráveis, como calor (uso excessivo de roupas fechadas), umidade (principalmente nas dobras da pele), e baixa imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo, estes fungos se reproduzem rapidamente. 

SINTOMAS

  • Surgimento de manchas brancas ou vermelhas que causam coceiras;
  • A borda da lesão mais evidente e às vezes crostosa;
  • Manifestam-se com frequência em áreas de dobras (como axilas, virilhas, entre os dedos das mãos e pés), mas que também podem ocorrer em qualquer outra área do corpo;
  • Quando acometem áreas entre os dedos, podem ocorre dor e fissuras.


TIPOS

Pitiríase Versicolor




















Muito frequente. Também conhecida como micose de praia ou pano branco. São pequenas manchas geralmente esbranquiçadas, que escamam quando a estiramos com o dedo, similares a confete. Podem estar agrupadas ou isoladas, e normalmente surgem na parte superior dos braços, tronco, pescoço e rosto. Sua superfície tem uma descamação fina, com a tonalidade variando entre o branco, rosado ou castanho, e  raramente coçam. A pitiríase versicolor é mais comum em adolescentes e jovens, sendo que pessoas de pele oleosa estão mais suscetíveis a apresentar este tipo de micose. O tratamento pode ser feito com medicamentos tópicos ou orais. No entanto, esta micose pode voltar ao corpo por várias vezes.


Tinhas



















É uma micose que apresenta manchas vermelhas de superfície escamosa, bordas bem nítidas e que coçam. As tinhas aparecem em qualquer lugar do corpo, sendo que conhecemos as dos pés como “pé-de-atleta”. Nas crianças, é comum que apareçam no couro cabeludo. Forma-se uma placa com crostas com coceira intensa, parecendo que o cabelo foi cortado naquela região.


Onicomicoses






















São as micoses das unhas (vulgarmente conhecido como unheiro), tanto dos pés quanto das mãos. Geralmente a unha se torna mais grossa e descolada do leito. Pode também ter mudança na coloração e forma. O tratamento é feito com medicamentos locais ou orais, sempre orientado por um dermatologista.

TRATAMENTO

O tratamento das micoses é variável. As tinhas tendem a ter tratamentos mais curtos e as onicomicoses mais prolongados. Não interrompa mesmo que os sintomas tenham terminado, pois o fungo das camadas mais profundas pode resistir.  Continue o uso da medicação pelo tempo indicado pelo médico. As micoses das unhas são as mais difíceis, o tratamento tem maior duração, podendo ser necessário manter a medicação por mais de doze meses.  A persistência é fundamental para obter sucesso nestes casos.


PROFILAXIA
  • Hábitos higiênicos são a melhor forma de prevenir micoses. 
  • Use somente o seu material de manicure. 
  • Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras, como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés. Evite o contato prolongado com água e sabão. 
  • Evite andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como vestiários, saunas, lava-pés de clubes e piscinas.
  • Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo. 
  • Não compartilhe toalhas, roupas, escovas de cabelo, bonés, eles são maneiras de transmitir doenças. 
  • Evite usar calçados fechados por longos períodos, e opte pelos mais largos e ventilados. 
  • Evite roupas muito quentes e justas, e também tecidos sintéticos, eles absorvem o calor e o suor, e prejudicam a transpiração da pele.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia